Liu Arruda – A travessia de um Bufão
O ator Ivan Belém, hoje um historiador, nos relata com emoção e singularidade, a rica trajetória cênica do Grupo Gambiarra de Teatro, precursor do teatro de rua da cidade de Cuiabá, Mato Grosso, que celebrou uma parceria com o ator Liu Arruda, abandonando os espaços convencionais e buscando os bares, as ruas e praças para as suas experimentações cênicas. Adotaram como gênero de linguagem a irreverência, a paródia, o deboche, a cizânia, a “tgira cuiabana”, para a escritura de sua própria dramaturgia.
Balaio Amarelo
Neste livro, os poemas assumem a forma de totens para propor a volta da perdida sabedoria ancestral em que viver era sinônimo da comunhão natureza-sagrado.
Os poemas-totens denunciam o vazio e a solidão do mundo contemporâneo tecnologizado e corporificam o desejo de proteção da poesia − fala encantada − de onde emana o que distingue o humano, de onde emana a conexão com a espiritualidade, de onde emana o inefável sopro que nenhum comércio pode comprar ou vender.
Bicas, fontes, chafarizes, Caixa d’água Velha e a água de beber no espaço urbano de Cuiabá, 1790 – 1886
Neila Maria Souza Barreto convida-nos a caminhar pelo espaço urbano de Cuiabá de outrora para observarmos como os rios, os córregos, as fontes e os chafarizes, indistintamente, saciavam a sede dos escravos, dos pobres livres urbanos e dos homens e mulheres da elite, apontando-nos os instrumentos que eram utilizados para o transporte e posterior uso da água, como as carroças, as pipas e os bois. Leva-nos também ao que denominou "Espaços Privilegiados de Água Potável Urbana", onde as primeiras penas d’água finalmente foram instaladas em Cuiabá, já no final do século XIX, especificamente no ano de 1886.
O Homem do Coração Azul – e as coisas que ele escreveu
As várias histórias deste livro revelam um pouco da sensibilidade do autor que dialoga com alguns textos canônicos para criar histórias do universo fantástico ou real que falam das relações de amor, bem ou mal sucedidas. Onde quando mal sucedidas, o empecilho é quase sempre a diferença.
Wanderson sai do universo da dramaturgia e mergulha na arte literária, em prosa e verso.
A próxima colombina
Um misterioso Pierrô, em sua obstinada loucura, espalha o medo na cidade e nas mulheres que vão sendo eliminadas, impiedosamente, uma por uma. Lúcio, o delegado, tem outros crimes para resolver e nem se dá conta de que está diante de um serial killer.
Os personagens estão entrelaçados de forma tal que os sentimos vivos, mesmo depois de eliminados.
O Fervo da Terra
Uma epopéia que fala sobre os migrantes gaúchos que foram para os estados do norte do Brasil em busca de novas oportunidades. Conflitos que surgiram quando eles se depararam com a “corrida do ouro” nos anos 90, acompanhada da criação de cidades e vilarejos com crescimento desordenado, o que estremeceu o equilíbrio das comunidades rurais e indígenas. Tramas que envolvem relações familiares, ganância do ganho rápido do dinheiro com o ouro, paixões, conquistas morais e suas derrotas, e devastação da natureza.
Blog O Fervo da Terra
A Proximidade do Mar & A Ilha
Dois contos que tem em comum o mar. As personagens Catalina e Beldroaldo queriam conhecer o mar. Ela satisfez seu desejo cedendo sua virgindade; ele, por apego a um amontoado de metal já carcomido pelo tempo, o Fusca, deixa de realizá-lo, pois se recusa a vendê-lo. Em A Ilha a narrativa suave apresenta um mundo, entrecortado por árvores frutíferas, animais silvestres, um rio de águas cristalinas e de novo o mar.
Toada do Esquecido & Sinfonia Eqüestre
A obra reúne dois contos. “Toada do Esquecido” narra a história de um assalto mal sucedido cometido por um grupo de comparsas. Carregando uma fortuna em ouro, dentro de uma Kombi, eles sonham com um futuro de glória e riqueza, enquanto uma realidade torpe e insana os persegue. Em “Sinfonia Eqüestre”, a questão fundiária e a disputa pela posse de terra se confrontam com o sentimentalismo dos personagens. A presença dos cavalos entremeia toda a narrativa.
Festa
Aclyse Mattos, apresenta uma poesia cheia dos namoros com a música. Rimas e ritmos juntam-se a um vocabulário cuiabano e de alguns povos indígenas. Festa tem de tudo um pouco. Até o registro de que um famoso antropólogo esteve por Mato Grosso. Tem também a homenagem aos comparsas do verso: Ivens Scaff, Antonio Sodré e, novamente, Silva Freire. Aclyse nos brinda com uma poesia inventiva, musical, telúrica e que faz uma espécie de crônica da vida de Cuiabá.
Serapião Fala Mole
Serapião nada mais é do que o alter ego do autor. Um semeador do amor aos livros. Sempre com o pensamento certo, reto e uma convicção eterna de que o livro faz muito bem à humanidade. O homem matuto na profundidade de sua sabedoria, a fauna, a flora e as veredas são temas constantes em seus escritos. Como Serapião Fala Mole Romulo alimenta-se de ventos e de sonhos.
É Proibido Ler
Sertão de Sangue
Sertão de Sangue é o segundo volume da trilogia Faroeste Sertanejo. Um quê de mistério norteia esta obra: Zé das Mortes é obrigado pelo coronel Izabelino a matar treze pessoas. Por trás da trama está o passado escabroso do coronel. Um mar de sangue tomará conta do sertão. Zé das Mortes vai matando um por um até que a consciência o obriga a pensar a razão de tamanha crueldade.