Pó de Serra
A uma poesia que acusa a presença colonizadora no norte do Mato Grosso, a autora acrescenta uma esfera pessoal de sua experiência de mulher nos trópicos e poeta em formação a partir da aventura dos brasileiros na conquista do Estado. A colonização não surge, então, a partir de um olhar externo, mas do centro da destruição, de onde parte uma consciência que é ao mesmo tempo subjetiva – de um eu –, mas também objetiva– de uma história.
As intermitências da água
Versão em E-Pub
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As intermitências da água narra a história de uma cidade que passa por um fenômeno atípico de chuva em excesso seguido de seca em igual escala.
Diante dos extremos causados pela natureza, a condição humana se põe à prova de muitos desafios e, acima de tudo, escolhas. Com isso, muitos terão que decidir o seu presente e, logo, também o seu futuro. O que cada um escolhe para si é um
mistério que se revela a cada página, a cada gota
que não cai, a cada quilômetro percorrido.
Bauxi
Com um estilo delicado e envolvente o médico e escritor José Pedro Rodrigues Gonçalves descreve suas lembranças de infância, quando viveu desfrutando do cenário bucólico, típico das fazendas e das famílias que ocupavam o meio rural, na década de 1950. Eram tempos do saber local, das tradições, crenças e costumes mantidos e repassados em rodas de conversas. Época das relações afetivas entre pessoas e grupos, baseadas em parentescos e amizades. Eram anos de poucos recursos financeiros, porém abundantes em natureza e vida.
Pirotecnia
Lucas Rodrigues escreve o futuro presente, antecipando novas formas. Cínico, clínico, mínimo. Olhar de jornalista no conto e de contista na crônica. Tudo junto e misturado. Sem regras, sem vergonha, imoral, anormal, antinômico, quase manicomial. Leia o deboche, sem retoque. Diamante que se passa por zircônia. Que malandro! Este autor já chega metendo o pé na porta. Se não 'causasse', não seria Lucas Rodrigues.
Confins
Nos contos narrados neste livro, os confins do Brasil (e do mundo) podem ser todas as cidades e todos os rincões, não importa, todos os lugares são confins. As paisagens, aquelas deixadas no passado, são revividas por personagens nostálgicos, andantes, observadores, perscrutadores. Uns testemunham, outros relatam suas histórias, outros dialogam, displicentes, construindo uma narrativa sem pretensão. Assim, os afetos e as recordações revelam dores e saudades de personagens tímidos, teimosos, valentes, violentos, distraídos ou vingativos que se cruzam em praças, ônibus, fazendas, estradas, barracos. Na dinâmica das narrativas, as pessoas se revelam.
Apesar do amor
Bicho-grilo
Bicho-grilo reúne poesias selecionadas da produção de Cristina Campos, boa parte escrita entre Chapada dos Guimarães e Cuiabá, Mato Grosso. Sua inspiração se deu em movimento, nas andanças pelos caminhos e trilhas que interligam os municípios, lugares e pessoas. A ambiência e a beleza do Cerrado destacam-se em uma abordagem sensível, que valoriza a tradição local e a região.
Compondo com as poesias (e não as ilustrando), foi inserida a arte de Ruth Albernaaz – xilogravuras, nanquim sobre papel e fragmentos de telas –, cujo tema reforça a valorização do Cerrado, sua beleza e a importância de uma vida sustentável.
Obscuro-Shi: contos e desencontros em qualquer cidade
“Obscuro-shi” acompanha personagens, em sua maioria, afro-brasileiros e jovens nikkeis em encontros culturais que reúnem desejos e interdições, angústias e potências na liquidez das cidades contemporâneas.
O transitório, o fluxo, a leveza necessária em contato visceral com a paixão, a violência, o desperdício etc.
Me LiterAtura
Histórias de casos de amor que se sufocam em suas próprias ranhuras – o não dito, o não percebido, o não sentido, o pulsar do gosto pelo crime, invariavelmente pelas mãos e poder de sedução de alguém com um sério transtorno de personalidade. Neste sentido, a literatura de Rafaella Elika é pouco afeita a concessões. De qualquer espécie.”
Acordes para uma menina cantar
“Acordes para uma menina cantar” é um livro de poesia destinado aos adolescentes. “O principal assunto das poesias são os encantos da infância, quando brincávamos nos quintais e havia aquele encantamento da vida antiga. Hoje as crianças moram em apartamentos, já não brincam em quintais como nós fazíamos”, disse a poetisa. A ideia da obra surgiu durante um lançamento literário. Na ocasião, Marilza queria que seus netos, na época adolescentes, fizessem uma apresentação. Ela então escreveu alguns poemas para que os jovens lessem no evento. “Foi então que eu vi que podia escrever para adolescentes e comecei a reunir alguns poemas neste estilo”.
Balaio Amarelo
Neste livro, os poemas assumem a forma de totens para propor a volta da perdida sabedoria ancestral em que viver era sinônimo da comunhão natureza-sagrado.
Os poemas-totens denunciam o vazio e a solidão do mundo contemporâneo tecnologizado e corporificam o desejo de proteção da poesia − fala encantada − de onde emana o que distingue o humano, de onde emana a conexão com a espiritualidade, de onde emana o inefável sopro que nenhum comércio pode comprar ou vender.
O Homem do Coração Azul – e as coisas que ele escreveu
As várias histórias deste livro revelam um pouco da sensibilidade do autor que dialoga com alguns textos canônicos para criar histórias do universo fantástico ou real que falam das relações de amor, bem ou mal sucedidas. Onde quando mal sucedidas, o empecilho é quase sempre a diferença.
Wanderson sai do universo da dramaturgia e mergulha na arte literária, em prosa e verso.