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Resumo da ópera

R$43,20
Um homem que soube da própria morte pelo jornal, uma menina cujos cabelos não paravam de crescer, um rapaz que se via replicado dentro de uma lantejoula, a mulher que conversava com um buraco na parede do apartamento, o arco-íris anunciado na vitrine de uma loja de brinquedos, todas essas histórias fantásticas estão na reunião de contos de Eduardo Mahon. Questionar os limites do possível e transformar os sonhos em realidade cotidiana faz parte do universo do autor, comprometido com a refundação da mágica na vida dos seus leitores.

O vírus do Ipiranga

R$42,40
As personagens do livro de contos O vírus do Ipiranga vivem situações limítrofes, pressionadas pela angústia da quarentena. Forçadas a vivenciar o isolamento social, evidenciam suas neuroses até o limite do verossímil. Surgem nessa zona cinzenta entre o possível e o impossível situações que obrigam o leitor a refletir sobre a própria humanidade, seus medos, desejos, ambições e angústias. Eduardo Mahon encerra a coletânea com um texto longo a costurar realidades sociais simultâneas, tão longe e tão perto de todos nós.

Inclassificáveis

R$45,00
A pacata rotina da cidade de Cartesinos se transforma completamente com a chegada do circo. Mas não é um circo qualquer. A trupe que se apresenta na cidade é tão estranha que seus integrantes passam a ser conhecidos como “inclassificáveis”. A narrativa baseada no impacto da arte no cotidiano embrutecido conduz o leitor a refletir sobre a importância de valores imateriais no mundo contemporâneo. Descobriremos que o sonho é tão essencial quanto a vida.

Galileu dançou por muito menos

R$42,40
O angustiante cotidiano de Adalberto fica ainda mais opressivo quando ele recebe a notícia de que o antigo espelho veneziano está quebrado. Ao conferir a informação, depara com o insólito: um outro Adalberto surge para dizer duras verdades que o protagonista precisa ouvir a fim de passar a limpo a própria vida. O conto de Eduardo Mahon coloca o leitor frente a frente consigo mesmo a perguntar-se: será possível?

Jardim de ossos

R$43,90
Jardim de ossos de Marli Walker explora, como o título indica, a profusão de ossadas que vão se produzindo na vida de uma pessoa ao longo do tempo. O principal campo semântico a ser trabalhado é o do osso enquanto estrutura que se forma em torno da subjetividade conforme se acumulam as experiências vividas. Todos os seres humanos que alcançaram algumas décadas de existência forçosamente apresentam certa couraça de proteção construída pelo acúmulo de desilusões e perdas. A fossilização dos afetos, pelo menos em certa medida, é necessária à sobrevivência e também inevitável.

Na pele

R$63,00
Na pele foi escrito durante a pandemia do Covid-19. A obra traz as mudanças nos dias de confinamento da autora poetisa, seus fluxos e percursos. Diz Luciene: “nas primeiras semanas desse aquilombamento, com raras saídas e nenhuma visita, minha garganta entrou em colapso; meu coração de poeta percutiu numa batida que me atravessou inteira: eu queria falar sobre ser preta, queria dialogar com os pretos do meu hoje; através dos meus versos, queria conversar com os viajantes da Rota da Melanina. Urgia. Na TV, estarrecida, vi joelhos sobre pescoços negros: sincronicidade: eu também não estava conseguindo respirar... Escrevi estes versos em 61 dias, entre 25/05 e 25/07 de 2020.

Dez contos paulistanos

R$42,00
Sobre a obra Dez contos paulistanos estica no chão do palco literário um mapa da cidade, onde o olhar do leitor vai localizando bairros, ruas, parques, estações, indústrias. Dessa visão conturbada que enxerga urbanidade e população, Almir Amarante vai jogando luz na densa massa humana, destacando da multidão protagonistas anônimos e suas histórias peculiares. São personagens que retratam cidadãos comuns com trajetórias às vezes tão semelhantes às de tantos outros e às vezes tão incomparáveis. Seus sentimentos profundos, suas percepções, falhas, audácias, idiossincrasias vão sendo destacados da amálgama da cidade de concreto, com gente de todos os estratos sociais, culturais e econômicos e fundamentalmente humanos. É da inspiração com delicado olhar sobre as pessoas que de fato fazem uma cidade pulsar e definir-se, que Almir constrói os momentos que nos fazem rir, chorar, comparar e especialmente refletir sobre a vida.   Texto de contracapa “Um filete dourado tocou devagar os ombros do Pico do Jaraguá naquela aguardada manhã de dezembro e, aos poucos, foi ganhando altura até chegar ao topo. Vários filetes se somaram ao primeiro e, em poucos minutos, a cidade estava toda tomada por uma intensa luz, deixando o céu com uma tonalidade que há muito tempo não era vista por seus habitantes. Para aqueles que esperavam pela data, aquela alvorada significava o prelúdio de um dia mais do que especial. Para o resto da população, aquele era mais um dia de trabalho que teriam pela frente, mas com uma atmosfera diferente dos dias comuns. São Paulo parecia menos agitada e ruidosa. Os carros menos apressados e o centro menos acinzentado. O cheiro da cidade era outro, as sombras das árvores projetadas no chão produziam uma sensação de aquecimento no ar da manhã ainda fresco. Talvez aquele agradável fenômeno fosse o resultado da soma de todas aquelas imagens, sons e cheiros à atmosfera de fim de ano.”

Recuerdos de mi abuela & outros estilhaços em charla

R$44,90
Mário Cezar Silva Leite apresenta-nos em Recuerdos de mi abuela & outros estilhaços em charla um caleidoscópio: seus estilhaços de vidro colorido multiplicam ritmos, corpos, registros linguísticos, temporalidades e gêneros literários os mais variados, construindo dessa forma um pequeno e vibrante mundo no qual memória, ficção e realidade são (ainda que por alguns instantes) uma coisa só. Ler os cinco estilhaços que compõem este livro significa integrá-los aos mornos afetos de nossos corpos, ter a Abuela, Paulo e Tadeu no mesmo campo fresco da memória onde estão, meio apagados pelo tempo, nossos amigos de infância, nossos primos nunca mais visitados e nossos brinquedos descamados. Tê-los, enfim, entre nossos próprios recuerdos.

…já não podem ser amanhã

R$41,00
...já não podem ser amanhã de Ângela Coradini é um discurso amoroso, travado por uma voz poética feminina que se dirige ao interlocutor amado, chamado simplesmente de “você”. Nesses poemas sem títulos, numerados de 1 a 51, os versos são curtos como se fossem sussurros, pronunciados perto dos ouvidos de quem se ama. O leitor esbarra numa releitura contemporânea das cantigas de amigo medievais, mas agora a voz que se impõe é realmente a de uma mulher (e não a de um homem falando por ela). Uma mulher que sofre e deseja. Uma mulher que assume o papel de autora da própria vida e dos próprios versos. Essa é Ângela Coradini, nos apresentando os amores como são hoje e que já não podem ser amanhã.

Coração Madeira

R$54,90
Ao deixar para trás o sul do país e empreender a Marcha para o Oeste até o inóspito sertão Amazônico, a jovem protagonista atravessa também as fronteiras entre o medo e a coragem, a dúvida e a certeza. Uma travessia em que ela descobre a força ancestral de uma voz que a chama para a construção do próprio destino. Os limites do patriarcado são as árvores mortas que ela transforma em árvores vivas para tecer sua nova história, agora matriarcal. Raízes de memórias e galhos do presente, às vezes espinhosos, outras suaves, mas sempre cheios de potência de vida, são entrelaçados em um romance costurado com organicidade e os fios luminosos da poesia.

Paraíso em fuga

R$39,00
Fortunato vive um casamento em crise. Para escapar do cotidiano que tanto o angustia, decide viajar para um lugar paradisíaco, longe de tudo e de todos. A fuga do empresário vai levá-lo a uma ilha cuja comunidade acolhe os visitantes com extrema gentileza. Impressionado com os anfitriões e com o esplendor da paisagem, Fortunato pensa ter encontrado o paraíso, porém de forma diversa da que esperava. O conto de Eduardo Mahon desacomoda os leitores, desafiando-os a rever conceitos até então inquestionáveis.

Mea culpa

R$59,90
O relato de um escrivão de polícia sobre o crime da mulher que matou a mãe traz à tona uma discussão que ultrapassa a própria morte. Em seu 60 romance, Eduardo Mahon promove mais uma alegoria, dessa vez sobre a verdade e suas múltiplas versões. Ao passear pela tensa redemocratização brasileira, o autor questiona os papéis de investigado e investigador, que se alternam em todo o romance. Esse jogo de múltiplos sentidos levará o leitor a julgar os personagens e, talvez, a si mesmo.

Nonô Farol Baixo: rio acima, rio abaixo

R$59,00
A obra Nonô Farol Baixo retrata com humor o cotidiano e as peripécias de um personagem bizarro, que vive a perambular por Cuiabá e arredores, rio acima e rio abaixo; a história desdobra-se em dimensões absurdas e inusitadas. Totalmente alheio à realidade que o cerca, Nonô interage com personalidades que marcaram seus nomes na história da cidade.

Passagem estreita

R$49,90
Passagem estreita de Divanize Carbonieri aborda um universo de mulheres marginais, subterrâneas, rebaixadas a uma condição ínfima na sociedade, que protagonizam histórias de luta, violência e superação. Guerrilheiras, escravas, jovens de periferia, professoras, escritoras, indigentes insistem e teimam em sobreviver e romper as estruturas opressivas de submissão e reprodução da subalternidade. Uma mente feminina lucidamente crítica e irônica escrutina os jogos de aparências e de dissimulação que encobrem a barbárie imperante. As personagens e as narradoras, problematizadas, imbuídas de uma sensação de que a vida não vale a pena, de um conflito de consciência, são colocadas em situações extremas em que o dialógico, a alteridade e a diferença levam ao adensamento da crise interior.

Cuiabanália

R$34,00
A primeira edição de Cuiabanália foi realizada pela Fundação Cultural de Mato Grosso, como parte da Coleção Letras Mato-Grossenses (1989). Composto de poemas, livres em sua estruturação, funciona como paradigma para pensar a condição da literatura dita “regional”. Ao folhear este livro e embrenhar-se na multiplicidade de leituras que proporciona o fazer poético de Ronaldo de Castro, o leitor se verá cativo de uma linguagem fluida, cujo ritmo, sons e imagens transcendem sentimentos e sensações. Evoca o jovem, a solidariedade entre os homens, a negritude, as mulheres, utilizando-se da quebra da sintaxe e do jogo linguístico, numa associação do exótico ao artístico que revela a originalidade do poeta. Por essa condição particular, o acesso renovado ao livro de Ronaldo Arruda de Castro amplia o raio de abrangência da (boa) literatura produzida em Mato Grosso. A vida artística e literária que brota do interior brasileiro é razão mais que justa para gerar investimentos como estes e, principalmente, para proporcionar a superação dos (pre)conceitos.

Barroco branco

R$28,00
Um dos caminhos que justificam a reedição deste livro de Silva Freire é o aspecto do vir-a-ser da palavra “fabricada”, liberta da estrutura linguística, tão necessária ao exercício da leitura e da escrita. Os poemas aqui selecionados desafiam a leitura linear. É uma forma de composição organizada no espaço entre blocos, um tipo de escritura pioneira em Mato Grosso. Wlademir Dias-Pino diz que é a escritura para além do estilo convencional, aquela em que a estrutura tridimensional aproxima e afasta, abaixa e eleva, como o mecanismo de funcionamento da máquina com suas engrenagens. Essa reconstrução é o exercício da liberdade, do prazer no trato com a arte sem fronteiras e acessível a todos. Entre o fascínio e a perplexidade, o leitor está fadado a ser parte da engrenagem dos seus versos. Então, é aventurar-se.

Viver de véspera ou antes mesmo

R$33,00
Entre reticências e pontualidades, os poemas aqui elencados são passeios por um eu poético que fala com a voz da interinidade, da consciência da finitude. Vive por antecipação, em estado de não estar de todo, esse sentimento viajante deslocado (tresloucado?!), errante, na sensação de lugar nenhum e, ao mesmo tempo, de todos. No entretecido viajor, a morte é aventura, mas também, inquietação e obsessão do sujeito lírico manifesto entre o viver e o escrever. Morte é, assim, metáfora das renúncias em favor de uma visão adulta. Portanto, parte e não todo. Os poemas, assim, têm um movimento permanente, interno e surgem da estranheza perante a vida, no vácuo da certeza e dos instantâneos. Há um fio de Ariadne que tece a ideia da morte. A delicadeza inquietante da poesia de Marília Beatriz permite uma visão labiríntica que produz, no leitor, efeito do transitório e do efêmero. Os poemas, assim, são desconcertantemente maduros. O exercício de observação da circularidade é o retorno à consciência. Viver de véspera pode ser o renascer diário de vontades extremas, interpelações constantes e intuições ambíguas muito próprias do exercício de viver. Ou não.

A musa corrupta

R$35,00
O premiado escritor publicava rotineiramente pela internet no  endereço sociedadedospoetasamigos.blogspot.com.br., estando, portanto, na sintonia sistêmica que afeta o leitor contemporâneo. É conhecido pelo jogo de mostrar/ocultar imagens que revelam o trânsito de um eu poético colocado entre energias polarizadas (claro/escuro; yin/yang) e as ambiguidades eu/outro, tão presentes nas culturas de todos os eixos de produção. Numa especial retomada, ao mesmo tempo abstrata na essência e concreta na estrutura artística do poema, o poeta atinge a linguagem especial reveladora do “bom senso e bom gosto”. Há poetas que nascem com jeito para a poesia e se aprofundam nesse exercício. Santiago Villela é um desses demiurgos da palavra. Coloca o leitor nessa ligação afetiva da contemplação dela [palavra], numa atitude quase espiritual que não se quer clara e definida, mas na sua incompletude, ainda que para isso tenha que se revelar por inteiro (ou nem tanto). O que surgirá desses meandros é puro prazer proporcionado pelos raros espaços da linguagem penetrada em grandes ondas. Vale o encanto do mergulho!