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Alexandre Tarelow: Escritor mato-grossense retoma lendas tupis em romance premiado

Alexandre Tarelow

(Na foto: Os editores Elaine Caniato e Ramon Carlini, a doutora em educação Cristina Campos e o escritor Alexandre Tarelow)

Se um caçador, ao sair pela floresta, perde a sua caça, é porque esta última foi ajudada por Anhagá. Na lenda tupi, Anhagá é um “velho espírito” protetor dos animais. Este é também o tema do segundo romance do escritor Alexandre Tarelow “Recomendações de Anchieta”, um dos dez vencedores do Prêmio Mato Grosso de Literatura.

De acordo com Tarelow, “Recomendações de Anchieta” traz a antiga lenda tupi para os dias atuais.  “O livro trata-se da transformação de lendas de nossa terra em livros de ficção. Os nativos de terras tupiniquins passavam e passam suas lendas oralmente. Devido à isto, são curtas. Eu peguei algumas destas histórias e transformei em um romance de ficção”, contou Tarelow.

O escritor passou quatro anos debruçado sobre este tema, indo desde a pesquisa até a escrita propriamente dita. Segundo Tarelow, a ideia de escrever um romance baseado em uma lenda Tupi veio da observação de que muitos dos best-sellers internacionais são inspirados nas obras dos Irmãos Grimm. “Estas obras são de altíssimo valor literário, mas pecam por não serem originais. Vendo que esta nossa parte folclórica estava um tanto quanto esquecida, decidi me aventurar. Hoje tento resgatar o interesse das pessoas em nossas lendas”, disse.

“Recomendações de Anchieta”, que será publicado pela Carlini e Caniato Editorial, terá seu lançamento em abril, na cerimônia oficial do Prêmio Mato Grosso de Literatura, promovido pela Secretaria de Estado de Cultura (SEC). Na ocasião, estarão presentes, além dos dez escritores premiados, o governador do Estado, Pedro Taques, e o secretário de cultura, Leandro Carvalho.

Sobre o autor

Nascido em São Paulo, Alexandre Tarelow mudou-se para Mato Grosso para trabalhar como professor. Atualmente, mora no município de Araputanga, onde dedica-se exclusivamente  à literatura.

O gosto por escrever se apresentou desde cedo, enquanto ainda estava na escola. No entanto, somente na idade adulta que Tarelow decidiu dedicar-se ao ofício. “Na escola as professoras me repreendiam que sempre eu estourava o limite de minhas redações, e quando dava aula sempre escrevia no quadro negro, nunca usava livros. Então por estas pistas mesmo sem eu saber minha alma implorava para que encontrasse este caminho”, contou.

Em 2009, publicou o romance “Kuatrin”, pela Carlini e Caniato Editorial. Este primeiro livro também é baseado em lendas indígenas. O personagem principal, Kuatrin, é inspirado na “lenda da cobra grande”. A história retrata um enredo cheio de ação e aventura. Saiba mais AQUI.

(Da Assessoria)

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