Poesia não acaba nunca

R$52,00
Odair de Morais escreve com uma fina navalha. Seu corte é preciso. Extrai a medula da imagem, sem feri-la. Retira da pedra a arte que só o escultor vê. Recolhe o que se esconde na paisagem. Faz um permanente exercício fotográfico a cada novo poema. Ele sabe que o haicai é a poética das sensações. Voa na jugular do invisível. Crava suas delicadezas na contramão do óbvio. Arranca seus haicais do cotidiano, do que parece comum, mas singulariza o momento. É um discípulo do espanto. Um mergulhador com o pulmão cheio de oxigênio. Enfim, um rio corrente que se mostra do raso ao profundo. Lau Siqueira

Sinfonia dos Mil

R$55,90
O romance se passa durante a pandemia de covid-19 em 2020, quando um músico recebe, no dia de seu aniversário de 50 anos, um convite para participar da gravação remota de um vídeo da Sinfonia N. 8, de Mahler, também conhecida como Sinfonia dos Mil, para a qual foram convidados mil músicos de todos os continentes. Durante as gravações, o protagonista suspeita que um dos participantes argentino, com quem vem trocando informações sobre a obra e execução, possa ser muito mais que um colega de profissão. Pelas conversas, mensagens e vídeochamadas, o homem busca a verdade.

O imprevisto

R$55,90
Enclausurado em um antigo manicômio, o escriturário Ramiro Noronha faz um relato pormenorizado do bárbaro crime que cometeu. O tiro fatal na cigana selou a sorte da personagem. A partir da internação, o insubmisso paciente apresenta uma curiosa teoria sobre sua própria situação, interagindo com os leitores que podem ou não concordar. O frenético monólogo que mistura realidade e imaginação faz com que a interpretação sobre os fatos oscile entre variados pontos de vista. O novo romance de Eduardo Mahon problematiza a relação de poder em vários campos do conhecimento e convida os leitores a somar novas perspectivas ao crime do imprevisível protagonista. No fim, toda lucidez será posta em xeque.

Uma inesquecível viagem pela Serra da Mantiqueira – Vivenciando o turismo rural – 2a. ed.

R$69,55
Nesta história, Mariana e Manolito aventuram-se numa nova experiência da qual eles nunca mais se esquecerão: vivenciar e conhecer uma outra cultura através do Turismo Rural, que ajuda a manter e resgatar os costumes de um povo, promovendo intercâmbios, despertando a consciência ecológica a fim de estimular a preservação da natureza.

Companhia das Índias

R$44,80
Alcides é um cidadão comum, que frequenta a vida pacata de uma vizinhança pobre. Tudo muda quando o sobrado da rua é ocupado por uma família de estrangeiros. O novo vizinho oferece-lhe um presente e Alcides se vê humilhado por não poder retribuir. A partir de então, começa o frenético turbilhão do homem consciente demais de sua própria condição social. Haverá salvação? O conto de Eduardo Mahon transforma um simples aborrecimento na intrincada questão existencial do protagonista, que compartilha com os leitores a sua agonia.

Bovinos

R$44,80
No bistrô, o famoso médico Egon Osther percebe que há algo estranho. Na mesa distante, encontra-se uma atípica família: o boi, a vaca e dois bezerros. Esta é apenas mais uma das muitas conquistas que os bovinos alcançaram depois da revolta contra a milenar dominação humana. O conto de Eduardo Mahon ironiza discursos contemporâneos que formam consensos artificiais. Sempre irreverente, o autor alfineta o extremismo da atual polarização política. Afinal, a metáfora bovina pode recair sobre ambos os lados.

Aldrava

R$39,90
A Aldrava está para a porta como o ser está para os gritos abafados, ou “a saudade que seca e estria os nervos, disseca, corrói”. É figuração do real para falar do próprio mundo interior. Ao se aproximar de um poema, o leitor encontra mundos que precisam ser explorados, portas que clamam por serem abertas. Frente a um poema, não há trancas e nem tramelas e as aldravas podem ser manipuladas de forma a que atendam aos chamados de quem está na soleira da porta.

Nave alienígena

R$63,00
Através de 7 contos, narrados por homens complexos e falocráticos, Divanize Carbonieri escancara personagens abusivos, violentos, tóxicos e perversos, principalmente com o gênero oposto, oriundos de diversos estratos sociais brasileiros. A obra se contrói em linguagem crua e fluida, que se condensa em uma literatura com estética elaborada, envolvente e provocante, da primeira à ultima palavra.

De quem é a rua?

R$75,80
Martelo é um gato que se diz “o dono da rua”, até que, com a chegada de uma nova moradora, ele se sente ameaçado. Uma competição é estabelecida para eleger um ou uma líder. O conto infantil trata a competitividade como fator natural e estimulante, porém deixa muito claro que bom senso e parcerias resultam em acordos muito benéficos.

O homem do país que não existe

R$42,90
Aproveitando que está adiantado para o serviço, Santiago Ayza vai à barbearia. Ao tentar pagar, descobre que algo está errado. Tudo o que conhecia havia se transformado radicalmente. O romance de Eduardo Mahon oferece uma provocação existencial que se desdobra em projeto político. Enquanto o protagonista tenta provar que seu país de origem existe, todos os demais personagens lutam por desacreditá-lo. Antagonizando vida e fantasia, surge a esperança de misturar ambas e criar algo completamente novo para os cidadãos que convivem com o estranho Santiago Ayza.

R.S.V.P

R$42,90
Depois de décadas fechado, um luxuoso palacete reabrirá. Para o jantar de recepção, poucos convidados receberão o luxuoso envelope e lá saberão o dia e a hora do encontro. Mas... Quem os convida? E por quê? O conto de Eduardo Mahon mais uma vez coloca em xeque a lógica convencional e ironiza a necessidade humana de explicações racionais. Ao se aproximar do improvável, o autor pressiona o público a olhar com atenção para delicados problemas da sociedade brasileira e o jogo de aparências que a domina. Dessa vez, o fantástico está diante do leitor. Basta se sentar à mesa e devorá-lo.

Repartição

R$42,40
Expedito Simões é um funcionário comum. Faz parte de uma multidão de anônimos que vivencia um trabalho burocrático e maquinal. Sem qualquer razão aparente, recebe uma promoção e se torna coordenador de seu departamento. Inicialmente, acomoda-se mal na sala que não parece ter sido feita para funcionários comuns como ele. A partir de então, o protagonista precisa conviver com a própria angústia por não ter mérito algum. Eduardo Mahon prossegue a coleção Contos Estranhos com um texto que impõe a ruptura da lógica cartesiana. Uma boa dose de ironia é usada pelo autor para equilibrar o incômodo sentimento humano diante do inexplicável. Afinal de contas, até onde chegará Expedito Simões?