Mato Grosso por Rai Reis (e-book gratuito)
Doze contos – interpretando a miragem
Doze contos – interpretando a miragem evidencia ciclos femininos, pois marca na divisão dos meses do ano a desconstrução da imagem da mulher fixada em regras de comportamentos de cunho moralizante. Luciene rompe com a ideia homogeneizante do ser mulher ao trazer personagens que representam situações cotidianas porém, que nos fazem refletir sobre a situação social da mulher abandonada, da mulher que vive em função do outro, da sexualidade, do incesto e do trabalho. Nesse sentido, refletir sobre a escrita da mulher é se deparar com a revelação do não dito no decorrer da história.
Na pele
Na pele foi escrito durante a pandemia do Covid-19. A obra traz as mudanças nos dias de confinamento da autora poetisa, seus fluxos e percursos. Diz Luciene: “nas primeiras semanas desse aquilombamento, com raras saídas e nenhuma visita, minha garganta entrou em colapso; meu coração de poeta percutiu numa batida que me atravessou inteira: eu queria falar sobre ser preta, queria dialogar com os pretos do meu hoje; através dos meus versos, queria conversar com os viajantes da Rota da Melanina. Urgia. Na TV, estarrecida, vi joelhos sobre pescoços negros: sincronicidade: eu também não estava conseguindo respirar...
Escrevi estes versos em 61 dias, entre 25/05 e 25/07 de 2020.
Matogrossismo: questionamentos em percursos identitários
Recuerdos de mi abuela & outros estilhaços em charla
Mário Cezar Silva Leite apresenta-nos em Recuerdos de mi abuela & outros estilhaços em charla um caleidoscópio: seus estilhaços de vidro colorido multiplicam ritmos, corpos, registros linguísticos, temporalidades e gêneros literários os mais variados, construindo dessa forma um pequeno e vibrante mundo no qual memória, ficção e realidade são (ainda que por alguns instantes) uma coisa só.
Ler os cinco estilhaços que compõem este livro significa integrá-los aos mornos afetos de nossos corpos, ter a Abuela, Paulo e Tadeu no mesmo campo fresco da memória onde estão, meio apagados pelo tempo, nossos amigos de infância, nossos primos nunca mais visitados e nossos brinquedos descamados. Tê-los, enfim, entre nossos próprios recuerdos.
A Nova Defensoria Pública e os Desafios Contemporâneos da Inteligência de Estado
A obra é formada por 12 artigos, que tratam dos novos desafios os quais demandam novas ações e inéditas estratégias no âmbito da Defensoria Pública.
Do planejamento à execução de atividades relacionadas à gestão e às ações finalísticas, o foco principal é o cumprimento das funções institucionais de forma produtiva e eficiente. Não há mais espaços para os “achismos” e as improvisações tão nefastas ao bom desenvolvimento de estruturas da Administração Pública.
A construção desse novo paradigma pressupõe a implantação de uma inovadora cultura, calcada em práticas como prevenção, produção qualificada de conhecimento, análise de cenários, avaliação de riscos e proteção de dados, além do emprego de técnicas e equipamentos para o aperfeiçoamento da segurança institucional.
Nada mais justo e adequado, pois, que uma Instituição de Estado, permanente e essencial, se fortaleça com ferramentas de Inteligência, visando identificar ameaças, riscos e oportunidades ao bom desenvolvimento de suas funções em benefício da sociedade.
A incorporação da Inteligência nas atividades institucionais da Defensoria Pública é algo imanente à importância estratégica da própria instituição, mesmo porque, na defesa da dignidade humana, fundamento de nossa República, a atuação funcional dos seus membros, por vezes, incomoda agentes e grupos que ousam perpetuar a realidade de violações atentatórias aos interesses da nação.
…já não podem ser amanhã
...já não podem ser amanhã de Ângela Coradini é um discurso amoroso, travado por uma voz poética feminina que se dirige ao interlocutor amado, chamado simplesmente de “você”.
Nesses poemas sem títulos, numerados de 1 a 51, os versos são curtos como se fossem sussurros, pronunciados perto dos ouvidos de quem se ama. O leitor esbarra numa releitura contemporânea das cantigas de amigo medievais, mas agora a voz que se impõe é realmente a de uma mulher (e não a de um homem falando por ela). Uma mulher que sofre e deseja. Uma mulher que assume o papel de autora da própria vida e dos próprios versos. Essa é Ângela Coradini, nos apresentando os amores como são hoje e que já não podem ser amanhã.
Coração Madeira
Ao deixar para trás o sul do país e empreender a Marcha para o Oeste até o inóspito sertão Amazônico, a jovem protagonista atravessa também as fronteiras entre o medo e a coragem, a dúvida e a certeza. Uma travessia em que ela descobre a força ancestral de uma voz que a chama para a construção do próprio destino. Os limites do patriarcado são as árvores mortas que ela transforma em árvores vivas para tecer sua nova história, agora matriarcal. Raízes de memórias e galhos do presente, às vezes espinhosos, outras suaves, mas sempre cheios de potência de vida, são entrelaçados em um romance costurado com organicidade e os fios luminosos da poesia.
Cabelo ruim?
Essa é a história da amizade entre três meninas negras que enfrentam as manifestações preconceituosas com relação ao seu cabelo crespo e vão, aos poucos, aprendendo a aceitá-lo, a brincar com ele e amá-lo do jeito que é.
Assim surgem novos penteados e com eles também novas formas de ver a si e ao outro, coragem e ousadia para fazer e ser diferente.