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Azul de fevereiro
Azul de fevereiro é um convite aos diferentes gestos de leitura que meu “olhar superlativo”, diria, lacunar, apaga o autor, aguarda a ouverture da ópera e o prazer (incômodo) da surpresa de cada ato. Algumas leituras são absorvidas pelas cativantes histórias envazadas em narrativas curtas, fluidas e com o ingrediente básico do conto maravilhoso; outras movem sentimentos de irritação, absorvidos pelos variados momentos de tensão entre o espaço e o tempo, as vozes narrativas e o estilo. Tudo perpassado por fina ironia que atinge de imediato o leitor, na exata dose de diversão que só a literatura é capaz de oferecer.
Entre a fantasia e o jogo, os sentidos são arrebatados pelo que lê/observa, pelas surpresas finais e pela forma como o insólito se cola ao real. A brevidade de cada conto é estrutura e essência. É nesse cenário de espelhos identitários, empalidecidos como a formação do arco-íris, que os contos de Eduardo Mahon convidam o leitor a se aproximar do literário, se perder e se achar, mesmo que em pequenos instantes improváveis de sua conturbada vida. No mais, é ler para crer!
A gente era obrigada a ser feliz
Neste novo romance, Eduardo Mahon provoca o leitor a mergulhar na História do Brasil de uma forma inovadora. São cerca de 50 anos de agitação, com eleições e golpes, narrados por um homem singular – Aurélio do Espírito Santo. O negro favelado, que consegue o emprego de cavalariço num quartel, vai guiar a leitura por percepções tão particulares que o Brasil não parecerá o mesmo.
Box Coleções Carandá e Olho D’água
Edição especial que inaugura as Coleções literárias Carandá (prosa) e Olho d’água (poesia), em comemoração aos 20 anos da Carlini & Caniato, editora dedicada, principalmente, à Literatura Brasileira produzida em Mato Grosso.
Os dez primeiros títulos destas Coleções compõem um box, cujas obras abarcam textos de autores mato-grossenses. O objetivo das Coleções é de levar ao público leitor uma amostra consistente da produção contemporânea do Estado, valorizando sua riqueza estética e qualidade literária.
Seguem os títulos e seus respectivos autores:
A musa corrupta
Santiago Villela Marques
Azul de fevereiro
Eduardo Mahon
Barroco branco
Silva Freire
Cuiabanália
Ronaldo de Arruda Castro
Duplex: concurso interno de contos
Fátima Sonoda & Lorenzo Falcão
Passado a limpo
Icléia Rodrigues de Lima
Poemas em torno do chão & Primeiros poemas
Matheus Guménin Barreto
Por imenso gosto
Lucinda Nogueira Persona
O sexofonista
Aclyse Mattos
Viver de véspera
Marília Beatriz
Contos Estranhos / Weird Tales
São 35 contos em português e inglês e um conto logo. As narrativas curtas privilegiam a vida cerceada pelo cotidiano hostil e quase sempre irrevogável. Na literatura de Mahon, o acontecimento é elevado ao estranhamento, muitas vezes ao absurdo, expandindo-se em desconforto (passageiro), numa linguagem que aprisiona a consagração do instante. Da surpresa ao desconforto, a nova experiência estética reintegra o cotidiano, fazendo dele a singularização do traço humano para deflagrar o impossível pelo desengano, pelo esquecimento, pelo não reconhecimento, pela velhice. Há, inexoravelmente, em Contos estranhos, uma insólita reconciliação com a vida, a partir da (re)configuração de um mundo desprezível.
Alegria
ALEGRIA é uma narrativa desassossegada de um médico que se desloca para começar uma nova vida em uma cidade isolada na região amazônica. O isolamento é providencial para o narrador que acaba de se separar da mulher. Em Alegria – nome da cidadezinha para a qual o protagonista se desloca – surge um estranho fenômeno: a maciça morte dos peixes e, logo em seguida, o surto suicida dos pacatos habitantes da ilha. O autor propõe um jogo de gato e rato, ao investigar pormenorizadamente quais as possíveis causas do comportamento humano, chegando ao desfecho quase insólito. Tratando a racionalidade com uma boa dose de desprezo, ALEGRIA tem dupla edição: sai com o selo da Carlini e Caniato e da Sulina que se juntaram para produzir e divulgar o 4º romance de Eduardo Mahon, um carioca que mora e trabalha em Mato Grosso.