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Primeira Feira do Livro de Chapada dos Guimarães reunirá editoras, escritores e livrarias

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A organização da primeira Feira do Livro de Chapada dos Guimarães (FLIC) já está a pleno vapor. O evento, que acontece no sábado, 14 de maio, será realizado na praça na Praça Don Wunibaldo, das 9h às 17h. Dentre os confirmados para participar, estão a Carlini e Caniato Editorial em parceira com o Fusca Sebo, o projeto Inclusão Literária, Bazar do Livro, Editora Patuá, dentre outros.

A idealizadora e organizadora do evento, Maria Amélia Assis Alves Crivelente, falou um pouco sobre como será o evento. Amélia é escritora, mestre em história pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), pesquisadora da identidade africana e afro-matogrossense e da imigração portuguesa durante o século dezoito. Confira abaixo a entrevista sobre a primeira FLIC:

Como surgiu a ideia de fazer a primeira Feira do Livro de Chapada dos Guimarães?

Amélia Alves: Como historiadora, leitora e escritora, acredito que o hábito da boa leitura, faz toda diferença na vida de um indivíduo na construção, desconstrução e reconstrução de ideias, valores e conceitos. Entendimento do’ outro’ e outras formas de pensamento, de ver a vida etc.. Assim sendo, gosto de difundir a leitura, oportunizar o contato com os livros de forma livre e democrática, principalmente onde as oportunidades de acesso ao universo literário são menores. Estes espaços são minhas prioridades. Já fiz a mesma coisa em Campo Verde, com duas Feiras, onde tive uma sala de leitura na periferia da cidade.  

Há quanto tempo está planejando esta feira?

Amélia Alves: Na verdade, desde que trabalhei a história da formação de Chapada no mestrado e em seguida no doutorado, criei uma certa cumplicidade com a cidade, com a população mais antiga, herdeira histórica de tempos coloniais. Uma feira literária aqui, socializando com a população local esta delícia que é um dia envolto em livros, era uma promessa silenciosa.

Como será a feira?

Amélia Alves: Vai acontecer só com a vontade de todos, principalmente com coragem, pois não temos qualquer ajuda financeira. É na vontade e na coragem! Com autorização da Prefeitura Municipal e da Secretaria de Turismo, será aberta, livre ao público em geral, na Praça Don Wunibaldo, frente a Igreja matriz, durante o sábado do dia 14 de maio, das 09h às 17h. Teremos estandes das editoras e livrarias, mas também com a participação de projetos independentes, muito interessantes! 

Quais parceiros estão confirmados para participar?

Amélia Alves: Conto com parceiros inestimáveis, que desde a FLICAVE – Feira de Campo Verde, participam com o melhor de seus acervos, e os que já confirmaram a presença são: Bazar do Livro, Fusca Sebo, Inclusão Literária e estamos aguardando a confirmação pra esta semana da Livraria Janina e da Editora Entrelinhas – que marcaram presença em Campo Verde.  A Editora Patuá, de São Paulo, abraçou a ideia e enviará seus lançamentos mais recentes, e com quem estou publicando, como convidada da Editora, meu livro de contos, Pedro Canoeiro. A Patuá é especializada em poesia, contos e romances. Com destaque para a  FLIC, chamei meu amigo Ramon Carlini, da Carlini e Caniato Editorial, outro corajoso que esteve comigo em Guimarães, Portugal, lançando meu livro sobre a africanidade em Chapada dos Guimarães, publicado por sua Editora, para me ajudar com suas ideias e ânimo, pois esta feira é também um sonho de Ramon. Juntos, vamos lutar pela próxima FLIC e sua continuidade anual.  Fusca Sebo e Inclusão Literária são os projetos independentes sobre os quais falei acima, inovadores e interessantíssimos! Gente bacana, que batalha pela democratização do acesso a livros e à boa leitura. Merecem muito respeito e a população de Chapada e visitantes que não os conhecem, terão esta maravilhosa oportunidade!

Qual o principal objetivo da Feira do Livro de Chapada dos Guimarães?

Amélia Alves: Principalmente, oferecer à Chapada uma bela Feira Literária! Democratizar o acesso aos livros;  juntar os amantes da leitura, trocar informações, livros, incentivar a boa leitura na criançada, na juventude, contando com a participação de professores, alunos, pais, amigos enfim, mostrando como tudo isso é muito prazeroso e a diferença que causa em nossas vidas. Trazer ao público a oportunidade de conhecer as livrarias, as editoras, os projetos como Fusca Sebo e Inclusão Literária, e tudo o que podem nos oferecer em obras inéditas ou não, clássicos, infantis,  e livros raros acessíveis. Pedi aos parceiros que dessem descontos especiais para compras na FLIC e foram unânimes no acordo. Todos tem um carinho especial pela cidade. Além disso, há escritores ‘quietinhos’ aqui em Chapada! Quero dar-lhes visibilidade e difundir seus livros. Teremos um estandes só com obras de escritores chapadenses. 

Há a intenção de que esta feira torne-se um evento anual?

Amélia Alves: Sim, claro! Como disse acima, é só a primeira de inúmeras! Quem sabe teremos aqui uma similar a FLIP (Festa Literária Internacional de Paraty)? Com apoio, teremos todas as chances!

Quais os principais desafios para realizar esta feira?

Amélia Alves: Vender a ideia! Se consigo ajuda financeira ótimo, podemos fazer melhor! Se não deu…faço na mesma! Bem mais simples, sem muitas coisas boas como seminários sobre literatura, Oficinas de produção de textos, lançamentos, convidados que dificilmente temos oportunidade de ter acesso, entrevistas, momentos de autógrafos e debates com escritores, com as editoras, etc… Mas chegaremos lá!

Qual a senhora diria que é a importância desta feira?

Amélia Alves: A democratização de acesso a livros, o incentivo  à leitura, descobertas, socialização do conhecimento, e divulgação do que há de melhor em nossas livrarias e editoras.

Qual a expectativa de público?

Amélia Alves: Muita gente ou nem tanto, não importa, estaremos lá. Editoras e Livrarias, projetos independentes e pessoas que amam a leitura, as que vão descobrir seu prazer e poder, todos estaremos plantando ainda, a colheita virá os próximos anos. Gostaria também de agradecer demais a todos os expositores que estão acreditando na importância deste momento e fazendo dele uma promessa. E, especialmente a Carlini e Caniato Editorial, ao Ramon, sempre me ligando e oferecendo uma força maior para o sucesso da FLIC. E, claro, convidar a todos para que venham prestigiar, ser parceiro nesta empreitada. Ela é nossa, é de Chapada, da população chapadense e de quem ama Chapada.

Serviço

Feira do Livro de Chapada dos Guimarães (FLIC)

Data: Sábado (14 de maio)

Horário: Das 9h às 17h

Local: Praça Don Wunibaldo, Chapada dos Guimarães

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