R.S.V.P
Depois de décadas fechado, um luxuoso palacete reabrirá. Para o jantar de recepção, poucos convidados receberão o luxuoso envelope e lá saberão o dia e a hora do encontro. Mas... Quem os convida? E por quê? O conto de Eduardo Mahon mais uma vez coloca em xeque a lógica convencional e ironiza a necessidade humana de explicações racionais. Ao se aproximar do improvável, o autor pressiona o público a olhar com atenção para delicados problemas da sociedade brasileira e o jogo de aparências que a domina. Dessa vez, o fantástico está diante do leitor. Basta se sentar à mesa e devorá-lo.
Repartição
Expedito Simões é um funcionário comum. Faz parte de uma multidão de anônimos que vivencia um trabalho burocrático e maquinal. Sem qualquer razão aparente, recebe uma promoção e se torna coordenador de seu departamento. Inicialmente, acomoda-se mal na sala que não parece ter sido feita para funcionários comuns como ele. A partir de então, o protagonista precisa conviver com a própria angústia por não ter mérito algum. Eduardo Mahon prossegue a coleção Contos Estranhos com um texto que impõe a ruptura da lógica cartesiana. Uma boa dose de ironia é usada pelo autor para equilibrar o incômodo sentimento humano diante do inexplicável. Afinal de contas, até onde chegará Expedito Simões?
A Literatura Contemporânea em Mato Grosso
Mato Grosso Com Representação: Imagens e Conflitos
Gerações Literárias:
Atravessamento e Contaminação
AML: O projeto Literário Mato-grossense
O Academicismo Mato-grossense
Cuiabanocentrismo
Antecedentes do Antiacademicismo:
O Nascimento da Geração Coxipó
Os Períodos da Nova Tribo:
Revista Vôte
Estação Leitura e a Luta de Wander Antunes por Leitor
Revista Fagulha
A Tradição que vive no passado
A Crise da Legitimidade da AML
Produção Coletiva da Geração Coxipó:
Desvaneios Poéticos - Prêmios Regionais
Fragmentos de Gerações
O Projeto Palavra Aberta
Lamento - Identidade e contemporização
O insight dos insetos
Úrsula é uma menina estudiosa e criativa. Ao ter em mãos um livro sobre as formas dos animais e reparar que vários de seus nomes são proparoxítonas, ela resolve criar histórias para cada um deles e montar seu próprio livro. Em linguagem poética une biologia e gramática, ressaltando a beleza da natureza em seus detalhes. Um glossário contribui para a ampliação do conhecimento de termos pouco conhecidos.
Inclassificáveis
A pacata rotina da cidade de Cartesinos se transforma completamente com a chegada do circo. Mas não é um circo qualquer. A trupe que se apresenta na cidade é tão estranha que seus integrantes passam a ser conhecidos como “inclassificáveis”. A narrativa baseada no impacto da arte no cotidiano embrutecido conduz o leitor a refletir sobre a importância de valores imateriais no mundo contemporâneo. Descobriremos que o sonho é tão essencial quanto a vida.
Matogrossismo: questionamentos em percursos identitários
Mea culpa
O relato de um escrivão de polícia sobre o crime da mulher que matou a mãe traz à tona uma discussão que ultrapassa a própria morte. Em seu 60 romance, Eduardo Mahon promove mais uma alegoria, dessa vez sobre a verdade e suas múltiplas versões. Ao passear pela tensa redemocratização brasileira, o autor questiona os papéis de investigado e investigador, que se alternam em todo o romance. Esse jogo de múltiplos sentidos levará o leitor a julgar os personagens e, talvez, a si mesmo.
Passagem estreita
Passagem estreita de Divanize Carbonieri aborda um universo de mulheres marginais, subterrâneas, rebaixadas a uma condição ínfima na sociedade, que protagonizam histórias de luta, violência e superação. Guerrilheiras, escravas, jovens de periferia, professoras, escritoras, indigentes insistem e teimam em sobreviver e romper as estruturas opressivas de submissão e reprodução da subalternidade. Uma mente feminina lucidamente crítica e irônica escrutina os jogos de aparências e de dissimulação que encobrem a barbárie imperante. As personagens e as narradoras, problematizadas, imbuídas de uma sensação de que a vida não vale a pena, de um conflito de consciência, são colocadas em situações extremas em que o dialógico, a alteridade e a diferença levam ao adensamento da crise interior.
O elo perdido
O elo perdido – o primeiro livro de poesias de Mato Grosso, trás a tona e analisa sob o ponto de vista literário e histórico a obra Harpejos Poéticos, originariamente estruturada como uma antologia das poesias do autor Joaquim José Rodrigues Calháo, publicadas em jornais da época entre 1877 a 1884 e que compiladas, deram origem ao livro, impresso na Typographia d’O Matto-Grosso, em 1891.