Brasinha na terra do Rei Bonzinho
Brasinha é uma coruja-buraqueira, curiosa e sábia, que quer voar longe para conhecer lugares e bichos diferentes.
Porém, logo em sua primeira aventura, encontra algo estranho: um grupo de diversos animais comandados por um rei bem esquisito.
Inteligente e atenta, faz com que estes animais comecem a perceber o mundo ao redor sob outro ponto de vista.
Intermitência
Intermitência, em intervalos descontínuos, traz em gradação na poesia o “eu”, o “verso”, o “sentimento” e o “cotidiano”. A ausência, o desconforto do ser ante o vazio, alguma força (um fórceps) que o impele a seguir, embora a paisagem cotidiana resulte intermitente e o verso confesse, por vezes, a ânsia do sujeito lírico por algum compasso, alguma cadência ou circunstância contínua e regular onde possa apascentar sua poesia. Mas não há continuidade. Não há qualquer vislumbre de constância. O que resta ao leitor é testemunhar o universo interrompido que Edson Flávio apresenta com a voz inconfundível do poeta lírico que é.
Sósias
Roda e Gira
A obra brinca com os objetos, suas demoninações e seus movimentos de rodar e girar. Ilustrações bem objetivas acompanham cada frase, e seu respectivo movimento circular. Ao final, seguindo um ritmo de ciranda, surgem as crianças brincando e incluindo na dança bem animada a amiga Gabi, uma garotinha cadeirante, que se diverte junto com todos em sua cadeira de rodas. Através de um QR Code, leitores podem ouvir a música composta exclusivamente para acompanhar o livro. Indicado para crianças de 3 anos (leitura mediada) a 7 anos (leitura autônoma).
Check-in
Domingos Soares desembarca no aeroporto da distante República Popular do Bayuká e se surpreende ao ser recepcionado com honras de chefe de estado. O conto de Eduardo Mahon apresenta uma insólita coincidência. O homônimo do premiado físico nuclear desfruta de várias mordomias que lhe são oferecidas pelo regime do presidente Ho Wei. Os equívocos de lado a lado se agravam com o passar do tempo e ameaçam a vida dos envolvidos, que lutam para resolver o problema da identidade.
A grande travessia de Juninho
Poesia não acaba nunca
Odair de Morais escreve com uma fina navalha. Seu corte é preciso. Extrai a medula da imagem, sem feri-la. Retira da pedra a arte que só o escultor vê. Recolhe o que se esconde na paisagem. Faz um permanente exercício fotográfico a cada novo poema. Ele sabe que o haicai é a poética das sensações. Voa na jugular do invisível. Crava suas delicadezas na contramão do óbvio. Arranca seus haicais do cotidiano, do que parece comum, mas singulariza o momento. É um discípulo do espanto. Um mergulhador com o pulmão cheio de oxigênio. Enfim, um rio corrente que se mostra do raso ao profundo.
Lau Siqueira
Tikare: alma-de-gato
Tikare alma-de-gato é uma ficção que registra/recupera histórias, mitos e práticas de um povo indígena que vive no imenso Chapadão do Parecis-MT; propõe uma reflexão sobre os modos de contato entre indígenas e não indígenas e sobre a necessária garantia de espaço para a vida dessas comunidades. Cumpre a tarefa necessária de formar leitores conscientes da importância da diversidade cultural do Brasil e do mundo. É um livro para todas as idades mas, em especial, para o público juvenil.
Sinfonia dos Mil
O romance se passa durante a pandemia de covid-19 em 2020, quando um músico recebe, no dia de seu aniversário de 50 anos, um convite para participar da gravação remota de um vídeo da Sinfonia N. 8, de Mahler, também conhecida como Sinfonia dos Mil, para a qual foram convidados mil músicos de todos os continentes.
Durante as gravações, o protagonista suspeita que um dos participantes argentino, com quem vem trocando informações sobre a obra e execução, possa ser muito mais que um colega de profissão. Pelas conversas, mensagens e vídeochamadas, o homem busca a verdade.